O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, tem expectativa de retornar ao cargo antes de abril, período determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) diante das investigações sobre o episódio criminoso de 8 de janeiro.
Em conversas reservadas, relatadas à CNN, o governador afastado acredita que caso as apurações não apontem a sua responsabilidade no episódio, seria possível chegar a um acordo com a Suprema Corte para antecipar seu retorno para fevereiro ou março.
Procurado pela CNN, Ibaneis disse que é necessário “aguardar o desenrolar das investigações”.
O advogado Alberto Toron, que defende o governador afastado, disse que o esforço agora é para “mostrar a posição dele contra o movimento golpista de 8 de janeiro”. “O mais será uma consequência natural”, ressaltou.
Ibaneis decidiu prestar depoimento à Polícia Federal de livre e espontânea vontade e entregar seu celular para averiguação.
Em depoimento, ele afirmou acreditar em uma sabotagem na segurança pública e disse desconhecer que o movimento bolsonarista seria violento.
A governadora interina Celina Leão já se manifestou favoravelmente ao retorno de Ibaneis.
Ela deve apresentar ao governo federal nesta semana nomes para assumir a Secretaria de Segurança Pública a partir de fevereiro.
O principal cotado é o delegado da Polícia Federal Cláudio Bandel Tusco, que chegou a ser cotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o posto de delegado-geral da instituição federal.
A intervenção federal acaba no dia 01 de fevereiro e o interventor federal, Ricardo Capelli, já informou ao governo distrital que não há perspectiva de estender o decreto.
O uso da Força Nacional do DF foi prorrogado até 4 de fevereiro. A publicação saiu nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial da União.
Capelli afirmou que essa é uma medida preventiva para a posse dos parlamentares e abertura do ano judiciário e, ainda, que haverá uma operação especial para a semana.
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