O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a prisão de Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, por conta de envolvimento nos atos criminosos às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
Ele se candidatou a deputado federal por São Paulo e recebeu R$ 150 mil do Partido Liberal (PL), o mesmo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ramiro dos Caminhoneiros foi preso na operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (20) para investigar possíveis financiadores e participantes dos atos criminosos. O caso foi revelado pelo jornal “O Globo” e confirmado pela CNN no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Em suas redes sociais, Ramiro dos Caminhoneiros aparece incentivando pessoas a irem para frente dos quartéis e a bloquearem rodovias em protesto ao resultado da eleição de 2022. Em outras postagens, ele insulta o STF e o ministro Alexandre de Moraes.
Nos últimos dias, circularam postagens de que Ramiro teria financiado cerca de 20 mil ônibus em direção a Brasília nas vésperas do atentado. Por meio de suas redes sociais, ele soltou uma nota que dizia que as acusações seriam inverídicas.
A operação Lesa Pátria teve início nesta sexta. Policiais cumprem oito mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em todo o país.
São três mandados de prisão em São Paulo –na capital paulista e em Campinas, segundo apuração da CNN–, dois no Distrito Federal e um em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.
*Sob supervisão de Brenda Silva
Este conteúdo foi originalmente publicado em Preso por atos criminosos foi candidato e recebeu R$ 150 mil do PL no site CNN Brasil.