O Palmeiras disputou nesta quarta-feira a sua quarta partida em 2023 e segue invicto no Campeonato Paulista com duas vitórias e dois empates. Neste sábado, o atual campeão do Brasileirão fará a decisão da Supercopa do Brasil contra o Flamengo, vencedor da Copa do Brasil, em Brasília. Em meio a expectativa pela disputa do primeiro título da temporada, o clube vive um clima pouco amistoso com os protestos de parte da torcida pela falta de reforços para o elenco.
O técnico português Abel Ferreira disse que não há como controlar o que é dito de fora, mas ressaltou que o clube está no caminho certo. E vê essas polêmicas, como a pichação de muros da sede do Palmeiras pedindo a contratação de jogadores e criticando a presidente Leila Pereira, como um sinal de boa sorte para a temporada.
“Também já fui pichado. No começo do ano e a época (temporada) foi Top. Isso é sorte. Dá sorte para nós. O balanço se faz no final da época. Desculpe ter que falar isso. Eu tenho que trabalhar tanto para ajudar os meus jogadores a serem melhores, para preparar esse jogo que vocês viram aqui (contra o Ituano, em Itu) e ganhar de uma equipe bem organizada, que empatou com o São Paulo, é muito bem treinada e super competitiva. Não tenho tempo para dar atenção a essas… O meu foco, o dos meus jogadores, da direção, internamente… Nós temos um foco muito grande naquilo que fazemos internamente e, desculpe a minha modéstia, mas nos últimos três ou quatro anos o clube deu sinal de muita responsabilidade naquilo que faz. Uma aposta muito grande na formação. Um equilíbrio muito grande nas contas financeiras que anteriormente não tinha nem teve. E é um clube hoje respeitado não só finaceiramente como esportivamente quer nacional como internacionalmente. Há muitas pessoas que pensam coisas a meu respeito. Umas são verdades, outras são mentiras, mas o que os outros pensam nós não controlamos”, afirmou.
O treinador alviverde tem confiança no elenco e enalteceu o trabalho feito por todos no clube. “O maior orgulho que tenho como treinador é joga quem jogar, seja onde for, seja contra quem for, manter a nossa identidade e jogar para ganhar. As dinâmicas estão lá e isso é o que mais me orgulha. Para responder essa pergunta, há uma canção do Palmeiras que diz: ataque de raça e defesa que ninguém passa. É isso que vocês veem lá dentro. De todos. Se vamos ganhar não sei. Mas isso que está nesta frase vocês veem lá dentro através de atitude. E é esse respeito que nós temos dos torcedores que gostam do Palmeiras. Esse nós conquistamos com isso que aconteceu aqui. Mesmo quando perdemos e não ganhamos, e já perdemos forte em nossa casa, não me lembro de sairmos assobiados (vaiados). E posso dizer várias vezes, as vezes que saímos após rotas pesadas e aplaudidos por nossos torcedores”, comentou.
“Portanto só tenho que continuar a acreditar na força do coletivo dessa equipe. Na força do coletiva de quem trabalho dentro do CT. Todos, desde o porteiro até a presidente. Que todos os dias não fazem nem mais nem menos daquilo que eu faço. Dar o melhor de mim, da forma que sei e posso, para dar aos meus jogadores a serem melhores todos os dias. Vou voltar a repetir: o Palmeiras tem presente e tem futuro. É só isso que as pessoas têm que acreditar naquilo que se faz dentro do nosso CT. Todos somos 11 e isso vocês viram hoje. Pode haver uma ou duas dúvidas, mas nós não vamos alterar aquilo que é a nossa forma de ser, nossa forma de jogar, de competir. E nosso objetivo é jogar para ganhar. Tem sido assim. Vamos jogar do primeiro ao último minuto para ganhar”, finalizou.
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