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PCDF: Golpista que matou o próprio pai fingiu ser médico para seduzir e extorquir 778 vítimas

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, nesta terça-feira (23), um homem, Nilbert Meira de Oliveira, de 35 anos, acusado de seduzir vítimas para aplicar golpes. Ao apresentar-se às vítimas, o golpista se passa por médico e investidor.

Por meio da 5ª DP, a PCDF deflagrou a Operação Venastus Dolo e cumpriu dois mandados judiciais no âmbito de uma investigação iniciada após uma denúncia de estelionato. Também foram realizadas buscas em um endereço relacionado a uma possível integrante da associação criminosa e o bloqueio de R$ 400 mil nas contas dos investigados.

O suspeito conheceu uma das vítimas em um evento, apresentando-se com uma identidade falsa. Ele possui um histórico criminal extenso, incluindo homicídio qualificado, onde assassinou o próprio pai para obter o dinheiro do seguro de vida. O homicídio contra o próprio pai, o fotógrafo Albertino de Oliveira Marques, ocorreu em Pernambuco, há 10 anos.

Ele também tem um longo histórico de estelionatos, utilizando identidades falsas para enganar vítimas e obter vantagens financeiras.

Durante a investigação, foi identificado que o suspeito utilizava diversas identidades falsas e frequentemente mudava de endereço para evitar a captura. Ele se associou com outras pessoas para cometer crimes financeiros e lavar dinheiro.

A Operação Venastus Dolo envolveu 152 policiais e 52 viaturas, com a apuração de 471 ocorrências policiais envolvendo vítimas idosas, resultando na instauração de 119 procedimentos investigativos e atendimento a 778 vítimas.

 

Crimes e Envolvimento
O suspeito costumava se passar por um grande empresário, investidor e pessoa de grande influência, sempre ostentando riqueza em festas, bares e eventos na capital. Entre os casos de estelionato cometidos por ele estão:
• 23/12/2022: A vítima relatou que o suspeito, seu ex-namorado, a perseguiu utilizando identidade falsa. Ele já havia sido preso
anteriormente por matar o pai da vítima.

• 06/01/2023: A vítima foi convencida pelo suspeito, sob falsa identidade, a investir dinheiro. Ele prometeu retornos financeiros que nunca foram cumpridos.

• 13/02/2023: A vítima relatou que o suspeito a ameaçou pessoalmente e por meio de mensagens após uma transação comercial malsucedida.

• 21/03/2023: A vítima manteve um relacionamento com o suspeito, que a convenceu a fazer vários empréstimos sob a promessa de retorno financeiro.

 

Crimes Investigados
• Estelionato Qualificado: Utilização de identidade falsa para induzir a vítima a erro e obter vantagem econômica ilícita. Pena máxima: 8 anos de reclusão.
• Associação Criminosa: Organização de um grupo para a prática de crimes financeiros. Pena máxima: 3 anos de reclusão.
• Lavagem de Capitais: Ocultação e dissimulação de recursos obtidos ilegalmente. Pena máxima: 10 anos de reclusão.
• Violência Patrimonial e Psicológica: Utilização de relação afetiva para obter vantagens econômicas ilícitas, conforme definido pela

Lei Maria da Penha
• Ameaça: Envio de áudios ameaçadores à vítima. Pena máxima: 6 meses de detenção.

A soma das penas máximas para os crimes mencionados totaliza 21 anos e seis meses de reclusão.

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