Na manhã desta quinta-feira (18), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 17ª Delegacia de Polícia, deflagrou uma operação para desarticular um grupo criminoso de estelionatários que aplicava o Golpe do Motoboy em vítimas no Distrito Federal. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva. Os golpistas residem na capital paulista.
De acordo com as investigações, os criminosos montaram uma falsa central telefônica, de onde realizavam ligações para correntistas de instituições financeiras para informar supostas compras não reconhecidas com cartões de crédito das vítimas.
Nesse contato, os golpistas orientavam as vítimas a confirmar dados bancários e entregar cartões e aparelhos telefônicos para supostos funcionários do banco. Estes falsos funcionários iriam buscar os pertences na residência dos clientes.
De acordo com delegado-chefe adjunto da 17ª DP, Thiago Boeing, responsável pelo caso, um segundo núcleo do grupo criminoso, passando-se por funcionários dos bancos, viajava em todo o Brasil, indo até a casa das vítimas para pegar os cartões bancários. De posse dos dados bancários e cartões, os criminosos realizavam diversas transações financeiras com os cartões e dados fornecidos pelas vítimas.
“As investigações tiveram início há um ano, quando os golpistas subtraíram R$ 40 mil da conta de uma cliente, moradora de Taguatinga. Além dessa vítima, os golpistas fizeram outras vítimas no DF e em outros estados da federação, razão pela qual tiveram sua prisão preventiva decretada”, explica o delegado.
Os dois criminosos, de 20 e 21 anos, foram localizados e presos com apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP).
Segundo apurado, eles faziam parte do grupo responsável pela retirada dos cartões. “As investigações prosseguem para alcançar todos os integrantes do grupo”, acrescenta Boeing.
O delegado acrescentar que o conhecido Golpe do Motoboy já sofreu certa mudança, pois os estelionatários têm mantido contato telefônico com as vítimas para solicitar a instalação de um aplicativo no celular, que irá verificar a suposta compra indevida.
“A partir da instalação do app, os golpistas assumem o controle do celular da vítima e realizam as transferências bancárias sem necessidade do cartão. Portanto, caso alguém receba esse tipo de ligação, a recomendação é de que desligue o telefone e faça contato com os canais oficiais da instituição financeira a partir de outro
aparelho telefônico”, alerta o delegado.
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