O advogado Silvio Almeida assumiu, nesta terça-feira (3), o comando do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, com críticas à sua antecessora, a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia assinado o termo de posse no dia 1º de janeiro, no Palácio do Planalto. Damares não compareceu para transmitir o cargo ao seu sucessor.
No seu discurso, o ministro lembrou que, na transição, participou do grupo técnico de Direitos Humanos e recomendou a revogação de indicações feitas por Jair Bolsonaro para comissão de Anistia e de Mortos desaparecidos.
Leia mais
Dois dias após posse de Lula, Bolsonaro faz “anúncio” de redução na tarifa de Itaipu para 2023
Barroso é hostilizado em aeroporto por bolsonaristas; governo oferece PF para investigar
Regina Duarte publica fake news e diz que Lula usou faixa falsa na cerimônia de posse
“Recebo o ministério arrasado, conselhos foram encerrados e o orçamento foi drasticamente reduzido. A gestão anterior tentou extinguir a Comissão de Mortos e Desaparecidos, não conseguiu”, afirmou Almeida.
Ele disse ainda que “todo ato ilegal, baseado e praticado no ódio e no preconceito, será revisto”. O ministro também defendeu a criação de mecanismos para proteção da vida das pessoas que trabalham com direitos humanos no país.
Ao discursar, Almeida se dirigiu a todas as minorias e fez um contraponto ao antigo governo: “Vocês existem e são valiosos para nós”.
“Quero ser ministro de um país que coloca a vida e a dignidade em primeiro lugar”, enfatizou.
A CNN entrou em contato com a assessoria de Damares, que afirmou que a senadora eleita “não se manifestará”.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Silvio Almeida diz que recebe Ministério dos Direitos Humanos com cenário “arrasado” no site CNN Brasil.