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UM CAMINHO MAIS ILUMINADO PARA O DF

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Empresa pública de capital aberto, a Companhia Elétrica de Brasília (CEB) passou por grandes transformações nos últimos quatro anos. Da decisão de desestatizar o serviço de distribuição ao desafio de tornar mais eficiente todo o parque de iluminação pública do Distrito Federal em três anos, a companhia tem trabalhado intensamente para oferecer o melhor serviço à população brasiliense. No comando da CEB desde 2019, Edison Garcia, procurador federal aposentado com mais de 38 anos de experiência na gestão pública, relata os principais desafios enfrentados e planos para o futuro da empresa. Confira na entrevista.

“A desestatização da CEB Distribuição se notabilizou pelo leilão realizado em tempo recorde e pelo valor de venda alcançado, de R$ 2,5 bilhões”

AGÊNCIA BRASÍLIA – Qual foi o principal desafio enfrentado na gestão da CEB nesses quatro anos?

Edison Garcia – Ainda no início da gestão, realizamos um diagnóstico da situação econômico-financeira de todas as empresas do Grupo CEB. Essa análise acabou por revelar que a subsidiária de distribuição estava em uma situação de desequilíbrio que colocava em risco a manutenção da própria concessão do serviço. A partir daí, foi necessário tomar a decisão que melhor atendesse aos interesses da população do Distrito Federal, visto que o serviço de distribuição estava obsoleto e demandava investimentos expressivos para ampliar e modernizar a rede. A desestatização da CEB Distribuição se notabilizou pelo leilão realizado em tempo recorde e pelo valor de venda alcançado, de R$ 2,5 bilhões. Todo esse processo foi conduzido em meio ao surgimento da pandemia de covid-19. Graças ao empenho de toda a equipe da CEB e do GDF, a concretização da venda da CEB Distribuição foi um marco na performance econômico-financeira da companhia, ao resultar em uma receita não recorrente da ordem de R$ 1,68 bilhão. O montante permitiu à companhia realizar o pagamento de dividendos na ordem de R$ 1,354 bilhão ao GDF, acionista controlador, e mais de R$ 333 milhões aos demais acionistas.

Edison Garcia: “Com a aprovação do projeto de concessão (do serviço de iluminação pública), que deve ter a duração de 30 anos, a CEB terá condições operacionais de converter toda a iluminação pública do DF em LED no prazo de três anos” | Foto: Renato Alves / Agência Brasília

AB – Qual a principal prioridade para o futuro?

EG – Hoje, o grande desafio a ser enfrentado é a modernização de todo o parque de iluminação pública do Distrito Federal nos próximos três anos, com a substituição de todas as 365 mil luminárias por modelos LED, mais econômicos e que oferecem uma luminosidade bem mais eficiente. Ruas mais iluminadas representam mais segurança para o cidadão que precisa transitar no período noturno. Com o objetivo de agilizar a modernização e a ampliação do parque de iluminação pública, as secretarias de Obras e de Economia e a CEB têm trabalhado conjuntamente nesse projeto de concessão do serviço de iluminação pública de forma que a companhia tenha autonomia para utilizar recursos próprios, bem como, se for de interesse da gestão, captar recursos. Com a aprovação do projeto de concessão, que deve ter a duração de 30 anos, a CEB terá condições operacionais de converter toda a iluminação pública do DF em LED no prazo de três anos.

Instalação de lâmpadas LED no Sol Nascente: trabalho feito em todas as regiões administrativas | Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília

AB – Como vem sendo desenvolvido o trabalho na iluminação pública no Distrito Federal?

EG – A iluminação pública é considerada uma prioridade do GDF. Nesses quatro anos, praticamente todas as regiões administrativas foram beneficiadas com obras de eficientização. Em 2019, foram substituídas 18.704 luminárias convencionais por modelos em LED, um investimento de R$ 18 milhões. Apenas comparando 2018 com 2019, houve um aumento de 157,14% em investimento de iluminação pública de LED no Distrito Federal. Em 2020, foram substituídas 13.823 luminárias, com investimento de R$ 10 milhões. A execução dos projetos de eficientização no ano de 2020 foi prejudicada pela pandemia da covid-19, uma vez que a alta do dólar impactou as licitações e diversos materiais utilizados na iluminação pública são importados. Em 2021, foram eficientizadas 26.189 luminárias, com investimento de R$ 22 milhões. Até novembro de 2022, a CEB fez a instalação de 19 mil luminárias de LED, com investimento da ordem de R$ 16 milhões. Atualmente, o parque de iluminação pública do Distrito Federal é composto por 360 mil luminárias. Desse montante, de 2019 a 2022, aproximadamente 78 mil já foram substituídas por modelos em LED, resultado de um investimento de R$ 66 milhões.

O Cruzeiro foi a primeira RA com iluminação pública com 100% de lâmpadas LED | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

“Para os próximos anos, a meta da CEB é ampliar a sua atuação na geração de energia limpa e renovável, com o investimento de R$ 250 milhões na geração de energia fotovoltaica e R$ 30 milhões na modernização da UHE do Paranoá”

AB – Nesse sentido, como funciona o programa Luz que Protege?

EG – Concebido em 2019, o programa Luz que Protege objetiva aumentar a segurança da população através da revitalização da iluminação pública. Para tanto, são destacadas áreas sensíveis ao maior índice de criminalidade, de acordo com as informações fornecidas pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, para que seja realizada a eficientização das luminárias. O programa prioriza locais com equipamentos públicos tais como hospitais, unidades de pronto atendimento, escolas, delegacias e praças, devido à grande movimentação da população.

AB – A geração de energia é um dos ramos de atuação da CEB. Quais avanços foram concretizados no período 2019-2022?

EG – Uma grande conquista da atual gestão foi a assinatura do termo aditivo de prorrogação do contrato de concessão da Usina Hidrelétrica Paranoá, instalada na barragem do Lago Paranoá. Com a assinatura, a unidade geradora vai continuar sob responsabilidade da companhia por mais 30 anos, ou seja, até 2050. Além da manutenção da concessão da UHE do Paranoá, a CEB tem uma exitosa participação em diversas outras usinas, como Corumbá III, Corumbá IV, Queimados e Lajeado. Para os próximos anos, a meta da CEB é ampliar a sua atuação na geração de energia limpa e renovável, com o investimento de R$ 250 milhões na geração de energia fotovoltaica e R$ 30 milhões na modernização da UHE do Paranoá.

AB – Com tantos desafios, como podemos avaliar os resultados financeiros de CEB nesse período?

EG – Ter trabalhado para que a CEB apresentasse uma situação econômico-financeira positiva é outro ponto da atual gestão que merece destaque. Hoje, as empresas são superavitárias, não têm dívidas e são sustentáveis, e seu lucro se reverterá em ainda mais benefícios ao Distrito Federal, com a transferência da concessão do serviço de iluminação pública para a CEB.

*Colaboração: Assessoria de Comunicação da Companhia Energética de Brasília

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